Janeiro 2011 – Entrevista feita pela revista noivas de Portugal
1.De que forma nasceu e se apresenta MCCabeleireiros?
Em 1993, já com dez anos de experiência profissional, criei a MCCabeleireiros pela necessidade de dar resposta a um conceito próprio, que visava um atendimento personalizado, na vertente técnica e humana.
Após dezassete anos, eu e os meus colaboradores continuamos a defender a mesma filosofia, que foi parte integrante e responsável pelo seu crescimento e desenvolvimento, e que continua actualmente a ser distinguida pela diferença.
2.Fale nos do seu percurso profissional…
No ano de 1983 iniciei esta profissão pela qual me apaixonei de imediato, sendo admitida na altura no maior e mais inovador salão de beleza de Viana do Castelo, empresa que prestava serviços de cabeleireiro e estética com um espaço e uma equipa diferenciadora para época, porporcionando-me oportunidades tais como: acesso à formação de qualidade e alargar as minhas competências profissionais. Considero-me uma pessoa obstinada e exigente comigo mesma.
Em 1993 criei a minha empresa, investindo não só nela como em mim própria. Destaco a formação feita na L’ecole Eric Stipa, cabeleireiro reconhecido a nível internacional, como ponto viragem na arte de cortar cabelos, assim como, o curso de visagismo com Claude Juillard , o curso da Total Look, entre outras.
3.Que tipo de serviços oferece aos noivos e qual o processo de trabalho para chegar ao resultado final?
A MCcabeleireiros oferece aos noivos toda a envolvência em estética e cabelos.
Inicialmente, fazemos um diagnóstico de estilo e imagem, que permite encontrar o equilíbrio entre o estilo e a exigência do visagismo. Depois de identificar o estilo e imagem, agendamos uma pré avaliação onde analisamos pormenores tais como: tempo de execução, acessórios, adornos e necessidades de intervenção técnica. Prestamos serviços tais como:jet-bonze, manicura, pedicura, depilação, extensão de pestanas, maquilhagem, relaxamento pré-nupcial,etc.
Durante todo o processo, é feita uma avaliação e adaptámo-la às necessidades e objectivos dos noivos.
É dada uma grande importância à comunicação em todo este envolvimento, dado ser fundamental existir feedback , assim como também a presença de uma sensibilidade adequada na auscultação dos noivos.
O reconhecimento do resultado final do sucesso do meu trabalho, vem do facto de seruma arte minuciosa e de evoluir desde o ponto menos relevante ao essencial. Isto, deve-se a um plano de trabalho que está pré estabelecido e que foi criado e desenvolvido ao longo destes anos.
4.Como define o trabalho do cabeleireiro no mundo nupcial, e o que faz para se destacar nesse mercado?
Em todas as culturas é tradição dedicar uma atenção especial ao dia desta cerimónia. É um dia em que a noiva dá mais relevânçia à sua imagem. É importante para ela ter um hairstylist que a ajude a encontrar o seu objectivo, devendo o profissional proporcionar o equilíbrio perfeito entre o que ela pretende e o que a favoreça.
Encontrar um estilo que se adapte a cada pessoa é tão importante como o sucesso de todo o evento. Por vezes, centra-se toda a atenção no vestido e é dada menos relevância ao cabelo e ao rosto. São estes factores, que fazem toda diferença para um bom resultado final. O penteado surge como a moldura de um rosto.
A razão pela qual me diferencio no mercado nupcial, reside na constante actualização das tendências / moda, na criatividade das suas formas, na qualidade do resultado final, no objectivo dos clientes, no sucesso da abordagem e na comunicação com o cliente baseada,sempre, numa relação de confiança.
5.Quem conhece a Maria do Céu costuma vê-la regularmente em eventos ligados a moda. O que tem feito ultimamente?
Participo frequentemente em vários eventos no nosso país. Os mais recentes aconteceram em Lisboa; no dia 27 de Setembro, onde participei no evento da Redken Mega Hits Redken Cut-a-Thon- tesoura solidária, que teve como objectivo angariar fundos a favor da Liga Portuguesa contra o Cancro e em Outubro, no maior evento de moda do país Modalisboa, onde colaborei com a estilista Lidija Kolavrat .
Como membro activo da ACP (Associação de Cabeleireiros de Portugal), participo nos eventos promovidos pela ACP, como por exemplo, o lançamento da Linha Moda Orla e o Show oficial da Expocosmética
Em Viana do Castelo temos vindo a participar em eventos tais como: Viana Noivos, que decorreu nos dias 16 e 17 de Outubro e várias eliminatórias do concurso MissViana.
6.Qual é a sua expectativa para o futuro?
Pretendo continuar a investir na formação de qualidade, participar em congressos nacionais e internacionais, pois considero fundamental procurar inspiração e conhecer outros mercados, bem como manter-me activa e actualizada.
O consumo de serviços, na minha perspectiva irá ressentir-se devido à crise económica que estamos a atravessar.
Dada a recessão económica, penso que os clientes irão cada vez mais priveligiar e apostar na qualidade dos serviços. Acredito, que face a esta realidade, o número de visitas irá sofrer uma redução significativa, mas a minha convicção é de que o cliente optará pela qualidade na sua gestão pessoal.
Ao longo destes anos, houve sempre oscilações na economia e esta estará provavelmente a ser a mais difícil. Pessoalmente, encaro cada dificuldade como um desafio, e os maus momentos como uma forma de procurar novas soluções que me permitam atingir melhores resultados, levando-me a evoluir, sempre, de forma gradativa com a convicção de que é em fases dificeis que nos realizamos.
7. Gostaria de deixar alguma sugestão ou comentário?
Gostava, sinceramente, que os cabeleireiros se unissem através das entidades representativas e que, associando-se trabalhassem para dignificar o nosso sector. Só assim é que conseguiremos valorizar e creditar todos os profissionais. Na entrega a esta actividade de comércio e serviços deve existir da parte do profissional, entusiamo e dedicação. Daí, advêm muitos sacríficios a todos os níveis. É uma área de trabalho que exige um investimento grandioso não só na formação constante, mas também na capacidade criativa, comunicação e de paixão pelos projectos aceites.
Resumindo,“Não basta só saber-fazer, deve começar-se por saber-ser, saber-estar e por fim, saber-fazer.”É esta a chave que guardo comigo desde sempre.
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